É interessante como Portugal está. A pandemia veio trazer uma crise sanitária e, como diz Miguel Sousa Tavares, trouxe as suas ramificações na economia, educação, comércio, vida social e vida pessoal. Todas as frentes foram furadas por esta pandemia e uma das maiores crises que vivemos, já há muitos anos, é também a política. Importa registar alguns traços mais superficiais - ao alcance de qualquer um que vê as notícias na diagonal - que devem deixar de existir urgentemente. Duran (...)
Cresci a querer ser jornalista. Não sabia bem o que lhe chamar na altura, mas queria apresentar telejornais ou ser “daquelas que ia para a rua falar com o microfone para a câmara, onde as coisas acontecem”. Sempre quis ser repórter ou pivô (entretanto descobri os nomes técnicos).
Os anos passaram, a menina cresceu, estudou, mudou de escola, prioridades diferenciaram-se, embora o gosto pela área tenha permanecido até hoje. Com falta de média, não foi possível entrar na (...)
Concordando com Brazelton (1995), a “brincadeira continua a ser a maneira mais poderosa da criança aprender” (p. 208), sendo que os meios, o contexto, os materiais e os sujeitos participativos têm uma influência grande no brincar, pois promovem aprendizagens diversas. Torna-se importante alicerçar o caráter lúdico aos momentos de brincadeira, sendo que é de caráter pedagógicoos recursos materiais que estão ao alcance da criança para ela brincar, pois devem ser (...)
Já tenho dito isto há bastante tempo, sobre diversos assuntos, e acho que está na altura de reforçar, principalmente sabendo que sou desta geração, completo agora os meus tenros "anos 20" de vida e faz todo o sentido surgirem opiniões e reflexões vindas de pessoas desta idade. É importante refletirmos. Nunca houve tanto acesso à informação como há agora. Os acessos não têm fim - desde bibliotecas a um simples clique na internet, chegamos a qualquer (...)
Não podia deixar esta polémica sair do foco sem antes formular algumas evidências e opiniões. Até agora, a única pessoa que foi capaz de criticar quase todos os pontos negativos deste festival sobre os "blocos de atividades" da Porto Editora foi o ilustre Ricardo Araújo Pereira. É possível verificar no último episódio do Governo Sombra, transmitido a 26 de agosto de 2017, que Araújo Pereira foi capaz de ir procurar com os seus próprios olhos todos os aspetos a nível (...)
Torna-se cada vez mais importante, na minha ótica, falar de um tema que muita gente insiste em ter opinião, mas não percebem que não há muito por onde opinar. Para me fazer entender, explico primeiramente que "não haver muito por onde opinar" refere-se ao facto de não haver entrelinhas nas linhas existentes, tornando-se algo muito objetivo, concreto, embora de difícil compreensão e, se assim o indivíduo quiser, apropriação. Para discordar, existem muitas opiniões e (...)
É incrível como no mundo da educação de infância não há quem pense na criança. Aliás, até há - não vou cair em generalizações sem fundamento - mas ainda são uma minoria.
Fico chocada quando, em grupos de facebook de discussão de ideias para atividades de pré-escolar, vejo pessoas a dizer que querem fazer isto, querem fazer aquilo, pedem ideias para algo que querem fazer... E eu pergunto: então e que tal perguntarem às crianças o que é que elas gostariam de fazer? (...)
Enquanto caminhava pelo centro de Lisboa, numa zona histórica e bastante movimentada, vinda de um café, ia dirigida ao meu destino quando observei uma família - uma mãe com as suas duas filhas - a conversar. Tal conversa fez-me ficar perplexa e a pensar no assunto que falavam durante o resto do dia. É impressionante como, tantas vezes, a voz das crianças é posta de parte ou valorizada por motivos não-sustentados e criados pelo senso-comum, baseados em ideias arcaicas e (...)
Cada vez mais há menos.
Não interessam valores de respeito, educação, partilha, altruísmo, solidariedade, amizade, amor, opinião. Tudo se estraga por tudo e por nada - por causa das pessoas.
Todos os dias vejo adultos nos transportes públicos com crianças. Ao verem as crianças a mexer nos telemóveis, só lhes dizem "larga isso", e de seguida pegam eles nos telefones deles para fazer mais uma chamada ou mandar mais uma mensagem.
Cada vez mais criticam quando as (...)
No meio de tantas confusões em volta do tema dos Oscars 2017, que teve uma cerimónia um tanto ou quanto inédita comparativamente às restantes 88 edições, ninguém se lembrou, ainda, de falar de dois dos filmes que retratam casos verídicos, histórias de pessoas que existiram/existem, sentimentos que já alguém sentiu e, provavelmente ainda hoje sentem. Falo de Hidden Figures e de Jackie. Noto alguma descriminação da Academia em relação a filmes que contam histórias (...)